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Linda Yaccarino será nova CEO do Twitter, diz Musk


Executiva estava na NBCUniversal desde 2011 e deixou o conglomerado de mídia nesta sexta-feira (12). Segundo Musk, ela focará principalmente em operações de negócios. Musk escolhe Linda Yaccarino como CEO do Twitter, diz jornal
Reprodução/Instagram
O bilionário Elon Musk confirmou que Linda Yaccarino, ex-presidente da NBCUniversal, será a nova presidente-executiva do Twitter. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (12) pelo bilionário.
Quem é Linda Yaccarino, nova CEO do Twitter escolhida por Musk
"Tenho o prazer de dar as boas-vindas a Linda Yaccarino como a nova CEO do Twitter! @LindaYacc focará principalmente em operações de negócios, enquanto eu me concentro em design de produtos e novas tecnologias. Ansioso para trabalhar com Linda para transformar esta plataforma em X, o aplicativo de tudo", publicou Musk.
O empresário citou a plataforma como "X/Twitter" por conta da nova empresa que ele criou a partir da fusão da rede social, a X Corp.
Elon Musk divulga que Linda Yaccarino é a nova CEO do Twitter
Twitter/Reprodução
Nesta quinta-feira (11), Musk já havia anunciado que deixaria a chefia do Twitter e que seria substituído por uma mulher (entenda mais abaixo). No entanto, o nome de Linda ainda não havia sido divulgado.
"Estou animado para anunciar que contratei um novo CEO para o X/Twitter. Ela vai começar em ~6 semanas", escreveu o empresário.
Na manhã desta sexta-feira (12), a NBCUniversal confirmou que Yaccarino estava deixando a companhia, o que ampliou os rumores de sua ida para o Twitter, segundo a agência Reuters. No início da tarde, Musk confirmou a identidade da nova CEO.
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Quem é Linda Yaccarino
Linda entrou no conglomerado de mídia em 2011 e era presidente global de publicidade e parcerias. Antes, ela passou pela Turner Entertainment, onde foi vice-presidente de vendas e aquisição por quase 20 anos, segundo informações em seu LinkedIn.
O "The Washington Post" lembra que Yaccarino firmou parceria com grandes empresas, como Apple, Google, Snapchat e BuzzFeed, gerando mais de US$ 100 bilhões em vendas de anúncios.
Musk e Linda Yaccarino em um evento de marketing em abril, nos Estados Unidos
Rebecca Blackwell/AP
A executiva é vista com bons olhos pelo setor da publicidade. "Linda demonstrou confiança e inovação ao trazer novos parceiros para a NBCUniversal", disse Greg Kahn, presidente-executivo da consultoria GK Digital Ventures Media. "O Twitter precisa de credibilidade junto à comunidade publicitária", completou.
"Seria minha primeira escolha, e minha única escolha, para salvar a plataforma das mãos de seu dono", disse Lou Paskalis, um executivo de longa data da indústria de publicidade.
Em abril, Musk e Yaccarino participaram de um painel chamado "Twitter 2.0: de conversas a parcerias", em um evento de marketing em Miami (EUA).
Saída anunciada por enquete
A decisão de Musk de deixar o cargo de CEO respeita o resultado de uma enquete que ele próprio criou no fim do ano passado. O empresário abriu a pesquisa em meio a críticas por ter suspendido contas de jornalistas e de outras pessoas.
Musk, que assumiu o controle alegando que defenderia liberdade de expressão acima de tudo, justificava que os usuários compartilhavam dados que colocavam em risco sua segurança, ao revelar dados do rastreio de seus voos em tempo real.
Elon Musk pergunta em enquete se deve deixar a chefia do Twitter
Reprodução/Twitter
No dia 20 de dezembro de 2022, após perder a enquete, ele anunciou que deixaria o posto de CEO da empresa assim que encontrasse alguém, nas palavras dele, "tolo o suficiente para assumir o cargo".
“Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo! Depois, apenas comandarei as equipes de software e servidores”, escreveu na rede social.
Essa não foi a primeira vez que Musk usou enquetes para tomar uma decisão importante sobre o Twitter. Foi também por meio do recurso que ele restaurou o perfil do ex-presidente Donald Trump, banido em 2021, por desobedecer às regras da plataforma, ao incitar a invasão de apoiadores ao Congresso americano.
Ele também usou o recurso para tomar a decisão de reativar as contas dos jornalistas que haviam sido suspensas.
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Gestão polêmica
Houve uma série de mudanças polêmicas no Twitter desde que Musk comprou a plataforma de rede social, em outubro, por US$ 44 bilhões. Entre elas, esteve a demissão de cerca de 80% da equipe, para cortar custos.
O empresário também acabou com o sistema antigo de verificação, que distribuía selos azuis apenas a perfis notáveis de celebridades, políticos, atletas e jornalistas, sem cobrar pagamento. O novo selo azul só é dado a quem adere ao plano pago da rede social, o Twitter Blue, que custa R$ 42 ao mês.
A expectativa de Musk era de que as demissões e o novo plano pago do Twitter garantissem sustentabilidade financeira à empresa, que sofre com prejuízos há anos. Em entrevista à BBC, ele afirmou que a empresa iria à falência se não cortasse os custos.
Elon Musk anuncia que responderá automaticamente a imprensa com emoji de cocô
Reprodução/Twitter
A gestão também ficou marcada por embates de Musk com alguns jornalistas. Em março deste ano, o e-mail de assessoria de imprensa da rede social passou a responder automaticamente todas as mensagens com emoji de cocô.
A medida foi anunciada por Elon Musk, sem nenhuma explicação do motivo, em sua conta pessoal do Twitter.
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